"Ah, como eu sofro!" - dizia a outra numa antiga novela
A representar um papel qualquer... tudo e sempre a fingir.
Pois eu digo que muito sofro e não estou nunca a mentir:
Sofro de saudades do meu conto de fadas: minha cinderela.
Vou morrendo aos poucos aqui, desterrado, longe dela...
E morro definitivamente, se ninguém se dignar a me acudir,
Para esta minha nostalgia, de algum modo mágico, sacudir.
Dá-me, ó Venus, força! Socorre est'alma sofrida que t'apela!
Acudam-me, ó eternos Céus! Acode-me, ó valente mar!
Acode-me tu que és clemente e benévola, ó força divina,
Atende às minhas preces, cessa-me este meu penar!
Se a não trazes nem me levas, por obséquio, vê se me ensina
Como proceder para esta melancólica saudade dissipar;
Foca-me a tua luz e maldiz, de vez, esta minha negra sina.
segunda-feira, abril 21
Sofrimento
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário